segunda-feira, setembro 06, 2004

San Diego and California Desert

Mais um dia do feriadão de 7 de setembro aqui nos EUA.

Como vocês puderam ler no meu último post, eu já estava saindo de Los Angeles e indo em direção a San Diego, CA. Um pouco mais de história: San Diego de Alcalá foi a primeira missão do padre Junípero Serra nos Estados Unidos, antes disso, ele já havia percorrido toda península do Pacífico Norte do México.

San Diego fica bem ao sul da costa da Califórnia e é a última metrópole antes do México, a fronteira fica a apenas 10Km da cidade.

Chegando lá fix checkin num hotel em Encinitas, uma cidadezinha do lado de San Diego e, logo depois, fui dar uma passeada pela cidade.

Pra variar, eu me perdi pela cidade, acho que eu esqueci de contar isso nos outros posts, mas, eu me perdi em tudo quanto é cidade grande por aqui.

Uma coisa que eu gostei muito em San Diego foi do clima e das paisagens. Por ser mais ao sul, ela é mais quente, as brisas têm o cheiro das brisas do Brasil, existem nuvens ao invés de neblina e chove de vez em quando, voltando à viagem, primeira parada: a Cidade Antiga. Lugar muito legal. Parecia que eu estava no México, se falava mais espanhol do que inglês nesse lugar.

Dei uma passada num pequeno museu de história natural e tirei uma foto, mas o segurança disse que eu não podia tirei fotos lá dentro, que pena!

Saindo de lá, fui visitar a igreja da cidade antiga. É a igreja da Imaculada Conceição. A construção é tão bonita quanto às construções das missões, porém, bem mais recente.

Conversei um pouco com o padre de lá e ele me deu as direções para chegar até a missão San Diego de Alcalá, porém, infelizmente, eu me enrolei com outras coisas, na verdade, parei pra apreciar a comida típica da região: comida mexicana! :)

Ainda dei uma caminhada ali pela região, comprei uns cartões postais e, quando olhei pro oeste, vi o sol se pondo.



Peguei o carro e fui até a Ponta do Cabrillo e, no meio do caminho, o céu começou a mudar de cor. As nuvens foram tomando um tom amarelo e alaranjado e o azul foi se acinzentando, resultando, com certeza, no por do sol mais bonito que eu já vi em toda minha vida.



Essa foto vale a pena colocar em tamanho grande, porque, de todas as fotos que eu tirei por aqui, essa é uma das que eu mais gosto.

Tentei aproveitar que estava lá, tirei os tênis e a camiseta e corri pra entrar na água, mas... sem chance!! Parecia que eu estava entrando numa cachoeira em São Bento do Sapucaí! A água é mais gelada do que a que eu tenho dentro do meu frigobar.

Fechei esse dia com chave de ouro, jantando num restaurante italiano em Encinitas.

Acordei no outro dia bem cedo e, é claro, dei uma passada na praia, mas só pra tomar um sol, como 99% das pessoas que lá estavam. É difícil encontrar alguém que tem coragem de entrar na água congelante, surfistas são a maioria desses poucos.

Depois disso, peguei minhas coisas no hotel e fui até a área dos museus. Infelizmente, eles só tinham tickets para bem mais tarde ou para o outro dia. Mas eu tirei umas fotos legais de lá, como essas abaixo.



O da esquerda é o Museu de Aeronáutica, o do meio o Museu de Artes e o da direita o Museu de História da Humanidade. Todos eles são muito bonitos e bem cuidados.

Como já estava quase na hora do almoço, segui meu caminho pela Freeway 15, em direção ao deserto da Califórnia. Essa foi uma das estradas mais estranhas que eu já vi.

Dirigi horas sem ver nada e de repente a estrada lota, o transito fica intenso e, de repente, me vejo sozinho no deserto novamente.

A paisagem não é muito bonita... aliás... é depressiva às vezes. Não tem nada, é tudo bege e cinza, as montanhas não têm árvores, só terra e pedras.

Mas, existem algumas coisas interessantes e engraçadas, como, "??? (não lembro o nome da cidade) - 2 mi - no food, no gas, no services, visitors are not welcome", ou como essas placas que eu fotografei, ainda não sei o que significa ou qual a origem desse Zzyzx. :-P



Continuado na mesma rodovia, assim que se entra em Nevada, há um mergulho de 6% de inclinação e 12 milhas, ou 19.2 kilômetros, de comprimento. É uma descida e tanto!

Olhando lá pro final desse mergulho eu pensei estar vendo uma pequena cidade, ou uma vila no meio do deserto, mas quando fui me aproximando eu percebi que era o primeiro dos resort/cassinos que eu iria encontrar no caminho. Esse primeiro, por exemplo, é maior que muita cidade que eu vi pela beira da estrada, no meio do deserto.

Depois disso, foram mais alguns kilometros até o meu destino: Las Vegas! A capital mundial do entretenimento.

Dirigindo por essa estrada, vendo só deserto e montanhas no horizonte, é difícil de encontrar alguma coisa viva para fotografar. Mas, numa parada que eu fiz em um banheiro público, fotografei esses pássaros que nunca havia visto antes a não ser aqui: os corvos.

Esses aqui são o exemplo mais claro da interferência negativa do ser humano na vida selvagem dos animais. Eles ficam o tempo todo em cima dessas árvores esperando alguém jogar alguma coisa no lixo para que eles possam revirar e achar alguma coisa pra comer.

Isso não acontece só com esses corvos, mas também com os ursos nos parques nacionais, com os esquilos e com os albatrozes na beira da praia.

Voltei para a estrada, pois estava quase chegando no meu destino e a minha pele estava torrando no calor de 40º do deserto.

Depois de 5h30m dirigindo cheguei em Las Vegas e devia estar parecendo uma "criança em padaria" olhando aqueles prédios, monumentos, estátuas, etc... Eu queria ver tudo, passar em todos os lugares, mas de dia não tinha muita coisa funcionando.

O negócio era procurar um lugar pra ficar e procurar o que fazer mais tarde. Me hospedei no hotel/cassino Sahara (esse da foto ao lado).

Como foi a fim de tarde e a noite em Las Vegas, é logico, eu só contarei no meu próximo post.

Até lá!